A defesa dos Direitos Humanos das comunidades tradicionais retratadas na obra literária do romancista da Amazônia, Dalcídio Jurandir (Ponta de Pedras, 10/01/1909 - Rio de Janeiro, 16/06/1979) e das atuais populações indígenas, afrodescendentes e ribeirinhas cabocas.
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Louvado seja!
O NOME DISTO É EMPATIA: Francisco, o Papa das periferias; além de comunista primitivo que nem os cristãos dos primeiros dias da igreja aramaica de Jesus Cristo, o hermano argentino é o mais budista de todos quantos calçaram as sandálias do Pescador.
Bispos católicos de todo mundo já preparam malas de viagem rumo à "cidade eterna" onde eles de diferentes partes do mundo em crise vão se reunir a chamado do Papa para meditar - isto mesmo, o Sínodo deve ser uma profunda meditação coletiva, na qual a inteligência infinita da Vida possa se conectar com esta nossa vida finita -, entre os dias 6 e 27 de outubro de 2019, buscando inspiração para salvar a Amazônia da cobiça desvairada do deus Dinheiro, que botou fogo na Floresta Amazônica.
Diziam os antigos, "todos caminhos levam a Roma"... Hoje, entretanto, os caminhos das Índias levam ao novo império romano em Washington D. C. Todavia, a velha Roma conquistada pelo sangue derramado dos mártires parece renascer cheia de graça e redenção para toda humanidade e clama pela justiça e a paz para toda família humana em harmonia com todos mais seres vivos em nossa casa comum, mãe Terra.
Francisco de Assis batizou o mandato pastoral de Francisco de Buenos Aires... E eu que não creio, me pego cantando a singela canção "Gente humilde" desses dois ateus que são Chico Buarque e Vinícius de Moraes. E peço a Deus por minha gente, a criaturada de Dalcídio... Então, eu queria em nome desta gente pedir aos dois bispos do Marajó, dom Teodoro sumano espiritano cabo-verdiano e dom frei Evaristo benquisto franciscano catarinense, um favorzinho especial: no Sínodo da Amazônia falem da Paz de Mapuá, de 27 de Agosto de 1659 , celebrada na igreja indígena do Santo Cristo do rio dos Mapuá entre o padre Antônio Vieira, superior da Missão da Companhia de Jesus no estado-colônia do Maranhão e Grão-Pará e os caciques rebeldes chamados Nheengaíbas (cf. padre Serafim Leite, "História da Companhia de Jesus no Brasil", IV tomo).
Esta incrível história dos Jesuítas na Amazônia, entre árvores e esquecimento, completou 360 anos no último dia 27 próximo passado. Os senhores do tempo, declaram que este acontecimento não tem interesse acadêmico, posto que a carta que o padre grande dos índios escreveu ao rei Alfonso VI é inverossímil... Inverossímil, dizem. Embora um filósofo antigo tenha sentenciado que a verdade está na boca dos ignorantes, dos loucos e dos poetas. O padre grande dos índios, ignorante ele não era, nem louco, mas sim poeta e profeta do reino de Jesus Cristo consumado na terra...
Na Terra sem males, acrescento eu. O certo é que os índios, quilombolas e cabocos ainda estão à margem da História depois da grave denúncia de Bartolomeu de Las Casas, em que Antônio Vieira se inspirou na missão na Amazônia, entre 1652 e 1661, quando foi violentamente expulso para ser condenado no tribunal da Inquisição sob acusação de heresia judaizante.
Boa viagem aos Bispos do Marajó, sucesso ao Sínodo da Amazônia, saúde e vida longa ao Papa Francisco!
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